Criado no início da gestão, o Batalhão Águia (28º Batalhão da Polícia Militar) completou dois anos de existência com a realização de mais de 2 mil operações, que ultrapassaram 43 mil pessoas e 26 mil veículos abordados. Baseados no planejamento de ações focadas na mancha criminal da região metropolitana de Belém, os agentes atuam em 27 bairros em horários e dias com maior incidência de delitos.
O monitoramento é feito com base nos boletins de ocorrência e denúncias da comunidade. O comandante do 28º BPM, tenente coronel Norat, explica os desafios e oportunidades dessa modalidade de patrulhamento.
“No início, uma dificuldade normal de implementação, mas como o produto era bom, atendia a sociedade, ele foi adiante. Nas grandes regiões metropolitanas, onde tem um fluxo muito grande de pessoas e de acesso de transporte coletivo e de veículos grandes, a mobilidade da motocicleta facilita consideravelmente, assim como nas vielas de áreas de ocupação, temos a facilidade de deslocar com a motocicleta e presenciar o delito mais facilmente. Temos uma produtividade muito boa no que toca a parte criminal, temos um bom combate ao delito”, ponderou o comandante.
O Batalhão Águia foi criado a partir de quatro valores que são o sustentáculo da corporação. “Desde a formação dos novos soldados, eles já foram capacitados em treinamentos e cursos específicos para motocicleta e foi criada uma identidade para eles. Não apenas policiais andando de moto. Tem quatro valores principais, do motopatrulhamento em si, agilidade e precisão. Ele é ágil, chega rápido, qualquer terreno ele suporta e a precisão. Eu tenho um alvo e consigo chegar nele. Outros dois valores são respeito e confiança, uma polícia próxima do cidadão, crianças, e idosos. O policiamento já internalizou isso”, explica o subcomandante, Major Mourão.
No dia a dia, as premissas são percebidas pela comunidade que, não raro, se aproxima dos policiais e motocicletas para fazer fotos, bem como com a produtividade e redução da criminalidade. A mobilidade oferece precisão, com articulações policiais que dificultam o êxito do infrator. Além da motocicleta, os policiais utilizam equipamentos de proteção individual, como capacete, joelheira, além de colete balístico e arma letal.
Com um efetivo de 98 homens e 89 motocicletas, o Batalhão Águia realiza semanalmente, às sextas-feiras, a Operação Cavaleiros de Aço, em que se consegue colocar quase 70 motos simultaneamente. “Cobrimos as áreas de Comércio, Guamá, Jurunas, Marambaia, Sacramenta e Telégrafo dentre os 27 bairros, que apresentam informações qualificadas e agimos de forma ostensiva no recobrimento, que permite que o cidadão se sinta seguro e o Estado presente”, acrescentou Norat.
As viaturas empregadas rotineiramente com rigidez apresentam marcas de uso nesses dois anos. O governo do Estado deve renovar a frota nos próximos meses e, a perspectiva após concurso, ampliar para 200. “Além disso, estamos prevendo para o segundo semestre o primeiro curso de formação Águia”, adiantou o subcomandante major Mourão.