Participação ativa nas principais solenidades militares. Visitas nos lares, hospitais, presídios e unidades da Polícia Militar. Oração em favor da tropa de manhã e de tarde, no Quartel do Comando Geral (QCG), em Belém. Essas são algumas das principais ações realizadas todos os dias por militares que atuam na Capelania da PM.
Uma rotina dinâmica que precisou ser ainda mais acentuada depois que os primeiros casos de Covid-19 (novo coronavírus) foram verificados na tropa. Na ocasião, o Comandante-geral da PM, Coronel Dílson Júnior estabeleceu um protocolo de atendimento aos policiais militares e seus dependentes, que entre outras medidas, demandava a atuação integrada entre Capelania e Centro Integrado de Atenção Psicossocial (CIAP).
O objetivo é garantir uma retaguarda de âmbito psicológico e espiritual para a tropa em meio a um contexto completamente atípico, marcado pelo distanciamento controlado, necessidade do uso de máscaras e de uma série de outros cuidados para evitar a proliferação do novo coronavírus.
A senhora Fabíola dos Santos, ex-esposa do cabo Elder Vilhena, morto recentemente em serviço, falou sobre a importância da Capelania da PM para a família. "Quero agradecer à Polícia Militar, que no momento mais difícil da minha vida não nos desamparou. Em especial, aos policiais da Capelania, que oraram por mim, pela minha família, nos fizeram sentir a presença de Deus e se tornaram meus novos amigos".
"Nosso maior objetivo é prestar assistência espiritual e religiosa ao efetivo da Polícia Militar e, consequentemente, aproximar a tropa de Deus. Dessa forma, o retorno e o acolhimento trazido pelos policiais e seus familiares são nossos maiores presentes. Comprovam que nosso trabalho valeu a pena", frisou o chefe da Capelania, Tenente-coronel Fernando Oeiras.
Devido à pandemia de Covid-19, a atuação da unidade precisou ser reinventada
O número de atendimentos em ambientea fechados diminuiu
-Os atendimentos domiciliares tiveram uma drástica redução na comparação entre os anos de 2019 e 2020 - caiu de 28 para apenas 5. Uma queda de 82%, aproximadamente.
- Também diminuíram os atendimentos nos cárceres - de 4 em 2019 para apenas 1 em 2020. Uma redução de 75%. A queda está ligada às limitações sanitárias, ainda vigentes.
Em contrapartida, as atividades realizadas ao ar livre cresceram.
- Em 2019 foram realizadas 25 visitas em quartéis da PM e em 2020, foram 33. Um aumento de 32% nos atendimentos prestados pela Capelania entre os anos de 2019 e 2020.
- No mesmo período, houve um aumento de 11% no número de reuniões com a tropa. Foram 213 em 2019 e 237 em 2020. A alta está relacionada ao novo protocolo adotado antes da saída da "Operação Polícia Mais Forte", que além da preleção habitual - de prevenção ao policiamento ostensivo - conta também, com oração e palavras de reflexão.