A Polícia Militar do Pará concluiu, na última terça-feira (19), os testes práticos da pistola Beretta, calibre .40, como parte do processo de licitação que vai definir a escolha do novo armamento a ser adquirido pela corporação. O resultado final dos testes será divulgado em breve, encerrando o que pode ser a penúltima fase para a escolha das novas pistolas da PM.
Os testes de precisão de disparo, arrasto do gatilho e queda foram realizados no estande de tiros da Academia de Polícia Militar do Barro Branco e no Centro de Material Bélico (CMB), instalações da Polícia Militar de São Paulo, conforme determinação judicial que garantiu à Beretta, uma das empresas concorrentes, o direito de realizar, pela segunda vez, os testes primeiramente executados no Instituto de Ensino de Segurança do Pará, em Marituba. A PMESP conduziu a verificação, acompanhada de perto por uma comissão de oficiais e praças da PMPA, designada pelo comandante-geral da instituição, coronel Dilson Júnior.
Todo o teste foi devidamente filmado, como forma de assegurar a transparência da execução, e o relatório final deve ser divulgado em até cinco dias úteis pela comissão designada para acompanhar os procedimentos e decidir pela aprovação ou não da empresa concorrente nessa fase do processo de licitação. Concluída essa etapa, a Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Polícia Militar do Pará vai encaminhar o relatório para a Justiça para a deliberação quanto ao resultado final do certame, que além da Beretta, inclui a empresa Glock como concorrente no fornecimento de pistolas .40 à PMPA.
De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Licitação da PMPA, tenente-coronel Nelson Sena, os testes foram um passo importante no processo de escolha das novas pistolas. "Nossa maior preocupação é adquirir um armamento de comprovada qualidade técnica, visando ao emprego na atividade policial. Nesse sentido, a colaboração com a PMESP foi fundamental, não só nesse processo, como em outros de aquisição de material bélico, dada a comprovada perícia da PM paulista na realização de ensaios técnicos de material bélico, tendo contribuído ultimamente com diversas Forças Policiais em suas aquisições recentes”, afirmou o oficial, que compôs a comissão avaliadora da PMPA.
O sub-chefe interino do Centro de Material Bélico (CMB) da PMESP, capitão Wellington Reis, explicou que a corporação paulista também enfrentou desafios na escolha do seu armamento e que, com a experiência, conseguiu desenvolver maneiras de aperfeiçoamento nessa área, como a forma de aplicação dos testes e a melhoria na transparência do processo de licitação, para evitar recursos judiciais. "Todo esse trabalho para buscar o melhor armamento é pensando no que vamos entregar para o nosso policial na ponta da linha, para o nosso operador. Quando nós podemos ajudar uma força coirmã, na verdade estamos ajudando os policiais militares no geral e contribuindo para a melhoria da indústria de armamentos, que vai entender a necessidade de adaptação à qualidade dos equipamentos pretendidos pelas Polícias do Brasil", conclui o capitão, que também destacou a parceria com a Polícia Militar paraense como forma de fortalecer todas as corporações.