A atividade Policial Militar é, por sua natureza, relacionada com a prevenção e repressão ao crime, e por isso pode acabar servindo como uma gatilho para desencadear alguns problemas ligados à saúde mental, como estresse e ansiedade. Nesse sentido, se estes alterações forem ignoradas, podem evoluir para situações mais delicadas e comprometer a atuação do policial.
Foi pensando nisso que a PM, por meio do Batalhão de Policiamento Penitenciário (BPOP), realizou nos dias 17 e 18 de novembro, o workshop “Inteligência Emocional: foco na gestão de conflitos”. O evento ocorreu no auditório do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq), no bairro da Cremação, em Belém, e contou com a participação de 78 policiais militares nos dois dias de evento.
Com apoio do Núcleo de Relações com os Municípios e Entidades de Classe (Nurmec), da Casa Civil do Estado do Pará, o workshop teve como ministrante o professor master coach Kotaro Tuji Neto, que trouxe técnicas de gestão de conflitos nos mais diversos ambientes e ferramentas de inteligência emocional com foco no serviço policial. O evento teve como influenciadores a assessora técnica da Numerc, Emiko Alves, e o Comandante do Comando de Policiamento Especializado (CPE), Coronel Carlos Doria.
“Nossa rotina é de mediar conflitos, o que vem quase sempre acompanhada de uma carga de estresse, e estar preparado para isso foi justamente a temática abordada no workshop. Além disso, existe o relacionamento familiar que precisa receber especial atenção, pois interfere diretamente na vida profissional e vice versa”, destacou a comandante do BPOP, tenente-coronel Ilanise Lisboa. De acordo com a oficial, a inteligência emocional é importante tanto no ambiente profissional como na vida pessoal de cada policial militar, pois o autoconhecimento possibilita mais qualidade de vida.
Entre os principais tópicos abordados no evento, foram tratados a relação entre a inteligência emocional e a família, o trabalho, mudanças de comportamento e o uso de ferramentas para diagnóstico das emoções dos militares. Além de aplicarem técnicas de comunicação e controle emocional, os militares também desenvolveram capacidades de administração e percepção de emoções, o que é fundamental para uma postura profissional positiva e adequada. Afinal, profissionais saudáveis são essenciais para uma gestão pública de qualidade.