Vinte e oito policiais militares concluíram, nesta sexta-feira (17), o XVI Curso Nacional de Formação de Instrutores Proerd (XVI CNFIP), promovido pela Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCDH), por meio do Centro de Prevenção Primária (CPP). A formatura foi realizada no auditório do Comando-Geral da PM, em Belém, e presidida pelo chefe do Estado-Maior Geral, coronel Marcelo Ronald, que também é coordenador estadual do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).
A entrega dos certificados aos formandos coroou os onze dias de curso ministrado a policiais militares que atuam nos Comandos de Policiamento da Capital I e II (CPC I e II), Comando de Policiamento Especializado (CPE) e no Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM). As instruções práticas e teóricas abordaram metodologia de ensino, didática e como o policial deve se portar com os diversos públicos, desde a educação infantil até o 7º ano do ensino fundamental.
“Agora, nós vamos ensinar nossas crianças a como dizer não às drogas e à violência, a serem empáticas e a tomarem decisões seguras. Nós participamos de uma aula prática e recebemos vários bilhetes das crianças, ou seja, vimos como é gratificante. Elas sentiram que nós fizemos diferença na vida delas. Valeu muito a pena, estou apaixonada pelo Proerd”, comentou a capitão Dulcilene Cardoso, uma das concluintes, lotada no 26º Batalhão, em Outeiro.
Para o soldado Sílvio Costa, do 20º Batalhão, trabalhar no Grupamento de Prevenção Ativa (GPA) foi fundamental para despertar o interesse em realizar o curso. “O GPA me influenciou no sentido de me levar a entender que a Polícia Militar trabalha com o estreitamento de laços entre Polícia e a Comunidade, e o Proerd também. O Programa vem a ser uma ferramenta, instruindo crianças e adolescentes a se tornarem adultos responsáveis e seguros”, afirmou o soldado.
A solenidade de formatura homenageou, também, as equipes de instrução e apoio, além dos facilitadores do Proerd, tenente-coronel Jairo Freitas, da Polícia Militar de Pernambuco, e major Antônio Lima, da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Também foram convidados para a cerimônia o comandante de policiamento da Capital I, coronel Getúlio Rocha, comandante de Policiamento Especializado, coronel Carlos Dória, deputado Fabio Freitas, presidente da Comissão Permanente de Prevenção às Drogas na Assembleia Legislativa do Estado, e representando do Programa Terrritórios Pela Paz, Julio Quezada.
Prevenção em foco
“Em que pese todos os índices históricos que a Polícia Militar tem alcançado na redução da criminalidade, o fator de maior relevância é entender que esses índices vão ser mantidos ou superados se nós tivermos uma ação maior, que é a prevenção. Esses 28 novos proerdianos têm agora o objetivo de fazer algo além de uma segurança pública ostensiva. Nós acreditamos que a prevenção é sim um instrumento de segurança pública”, destacou o coronel Elson Brito, diretor de Polícia Comunitária.
A perspectiva para 2022, ainda de acordo com ele, inclui a realização de um curso diretamente voltado para os Direitos Humanos. “A proposta já está finalizada, na fase de revisão pedagógica. Termos no Brasil o primeiro curso de Segurança Pública, Direitos Humanos e Grupos Vulneráveis”, complementou o coronel.
No mesmo sentido, o chefe do Estado-Maior Geral encerrou a cerimônia ressaltando a importância estratégica da prevenção. “A formação dessa turma materializa os pilares que sustentam o sistema, segundo o secretário de segurança pública, Ualame Machado: Investimento, Integração e Inteligência. Investimento porque nós estamos investindo no ser humano, no desenvolvimento de cada um dos colaboradores para que tornem a instituição cada vez melhor; integração porque graças a vocês essa interação que farão junto à sociedade, junto às nossas crianças, vai propiciar esse enlace da instituição Polícia Militar com a sociedade; e Inteligência a partir do emprego dessa estratégia, que é o Proerd, coordenada pelos comandantes que dispõem de ferramentas, uma delas o trabalho na prevenção primária”, frisou o coronel Marcelo Ronald.