O Centro de Memória da Polícia Militar iniciou o processo de levantamento, catalogação, higienização, conservação e digitalização de documentos históricos da corporação, um passo importante no resgate histórico da PMPA, que soma 201 anos de existência e configura entre as instituições mais antigas do Estado.
O trabalho de modernização desempenhado pela equipe do Arquivo Geral, subordinada ao Centro de Memória da Polícia Militar, vai facilitar o acesso e a consulta dos documentos, tanto para militares quanto para pesquisadores e para o público em geral. A ideia é formar uma grande biblioteca digital com obras e documentos históricos, trabalhos produzidos por policiais militares, como artigos, dissertações de mestrado e teses de doutorado, além de obras de outros autores que tratem de temas relacionados à instituição.
As obras serão digitalizadas e estarão em formato de e-books e a previsão inicial é que, até o final deste ano, algumas obras e documentos que estão em processo de digitalização já estejam disponíveis para consulta.
“Estamos aproveitando esse período de suspensão das atividades para adquirir novas peças para o nosso acervo, mas, principalmente, vamos usar esse tempo para adiantar o trabalho de digitalização dos documentos antigos, que em sua maioria trata-se de manuscritos, para modernizar o nosso acervo, dessa forma visamos harmonizar o simbolismo e a tradição da Polícia Militar com modernização exigida pela atualidade”, ressalta o tenente-coronel Ronaldo Braga Charlet, chefe do Centro de Memórias
Preservação
Criado por meio da Lei de Organização Básica (LOB) da Polícia Militar, o Centro de Memória funciona no Complexo Histórico Tiradentes, localizado na esquina da avenida Assis de Vasconcelos, com a rua Gaspar Viana, em Belém, é composto pelo Museu, a Biblioteca e o Arquivo Geral da Polícia Militar. O Centro de Memória visa desenvolver ações culturais para promover a preservação do patrimônio histórico, cultural, material e imaterial da corporação.
O local é aberto ao público e está com as atividades estão suspensas em decorrência da pandemia do novo coronavírus, aproveitando o período para se dedicar à modernização do seu acervo. Em 2019, o Centro de Memórias funcionou normalmente para visitação individuais ou em grupos, recebeu visitas 40 crianças atendidas pelo Instituto Ronald Mcdonald, que passam por tratamento contra o câncer, acadêmicos do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, entre outras.
Inaugurado no ano de 2016, o Museu da PM conta com um acervo que inclui obras raras como o quadro do artista francês Auguste Petit, que retrata o marechal Manuel Deodoro da Fonseca, um dos responsáveis pela proclamação da República bustos e imagens do coronel Antonio Vieira da Fontoura, patrono da corporação, a réplica de um canhão de 1875, provavelmente utilizado pelas tropas paraenses na guerra do Paraguai, uma caixa cofre de 1840, além de armamentos, equipamentos de rádio transmissão, insígnias, veículos e uniformes utilizados pela corporação no decorrer de sua história bicentenária.
TEXTO ASCOM PM
Por: Edson Costa - CB PM
Fotos: Renata Costa - SD PM