O Governo do Estado do Pará, por meio da fundação PARÁPAZ, realizará no período de 29 a 30 de agosto, no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), uma capacitação com o tema: A importância do profissional de ensino no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência.
O papel do profissional de ensino no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência é de suma importância para garantir o bem-estar emocional, o desenvolvimento saudável e a segurança desses jovens em situações tão difíceis. Muitas vezes, a escola é o ambiente onde esses indivíduos passam a maior parte do seu dia, tornando-se um local crucial para oferecer apoio e cuidado diante de experiências traumáticas.
Quando crianças e adolescentes são expostos à violência, seja ela doméstica, escolar, comunitária ou de qualquer outra natureza, isso pode ter um impacto profundo em sua saúde mental, emocional e social. Essas situações podem gerar medo, ansiedade, tristeza, raiva e até mesmo sentimentos de culpa e vergonha nas vítimas e testemunhas.
A partir do momento em que um profissional de ensino identifica que um aluno pode estar vivenciando violência ou sendo testemunha dela, é importante que ele atue de maneira sensível e empática. O acolhimento deve ser feito de forma discreta e respeitosa, assegurando ao jovem que ele pode confiar no profissional para falar sobre suas experiências sem medo de represálias ou julgamentos.
Ouvir atentamente o relato do aluno, acreditar nele e validar seus sentimentos são aspectos cruciais do acolhimento. O profissional de ensino não deve tentar solucionar o problema sozinho, mas sim orientar o jovem a buscar ajuda de profissionais especializados, como psicólogos, assistentes sociais ou até mesmo encaminhá-lo para órgãos responsáveis pela proteção à criança e ao adolescente.
Além disso, é importante que a escola crie um ambiente seguro e livre de violência, onde as crianças e adolescentes sintam-se amparados e protegidos. Implementar programas de prevenção à violência, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), Supervisão Militar Educacional (Sume) e o programa PMZITO.
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) é um programa que baseia-se em uma abordagem preventiva, buscando capacitar os estudantes a tomar decisões seguras e saudáveis, resistindo às pressões sociais que podem levá-los ao uso de drogas ou à prática de comportamentos violentos. O programa é especialmente relevante, pois trabalha na faixa etária em que os jovens estão mais vulneráveis a influências negativas e podem estar iniciando sua exposição ao mundo das drogas e da criminalidade.
As aulas do PROERD são ministradas por policiais militares treinados e capacitados, que atuam como instrutores nas escolas. Durante as atividades do programa, os alunos aprendem sobre os riscos e consequências do uso de drogas, bem como sobre o impacto negativo da violência na sociedade. Além disso, são ensinadas técnicas de resistência à pressão dos colegas e tomada de decisões conscientes e responsáveis.
O programa também estimula a aproximação positiva entre a Polícia Militar e a comunidade escolar, pois os policiais que atuam como instrutores se tornam figuras de referência para as crianças e adolescentes, promovendo uma visão mais humanizada e preventiva da atuação policial.
Já o programa de Supervisão Militar Educacional (Sume), visa coibir a violência dentro do ambiente escolar e introduzir noções de civismo e disciplina junto a grade curricular da escola com o intuito de melhorar os índices educacionais e a qualidade de vida dos alunos. O programa realiza a integração entre a escola e a comunidade, como cursos profissionalizantes, para fortalecer a ideia de “Escola aberta para Todos”, por meio da preservação do patrimônio público e da prevenção à violência.
Seguindo essa mesma linha, outro programa social que entra no mesmo contexto é o programa “PMZITO”, que tem a finalidade de contribuir com a formação cidadã de crianças e adolescentes mediante ensinamentos e atividades provenientes das doutrinas dos Direitos Humanos das diretrizes do policiamento de proximidade. Para alcance deste propósito, além da regulamentação e padronização de todos os projetos sociais de caráter preventivo desenvolvidos pela PMPA de atendimento à crianças e adolescentes, o programa dedicar-se-á especificamente: estimular comportamentos éticos e morais de cidadania no convívio social; incentivar as relações harmônicas interpessoais no seio familiar e social; orientar sobre direitos, deveres e obrigações das crianças e dos adolescentes; fomentar comportamentos preventivos e saudáveis em detrimento a posturas violentas, principalmente relacionados às drogas; apresentar as principais redes de apoio e suas atribuições; ensinar condutas educativas para a circulação no trânsito; proporcionar conhecimentos educativos em diversas áreas de convívio socioambiental que exijam respeito, proteção e preservação e a promover estímulos culturais, desportivos e artísticos de acordo com as características regionais do Estado do Pará.