O registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI’s), no Estado do Pará, em outubro deste ano, foi o menor, considerando a série histórica desde o ano de 2010. Os números foram divulgados pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (SIAC), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP), e refletem o êxito das ações ostensivas e preventivas da Polícia Militar, em conjunto com os demais órgãos de segurança pública.
Em relação à PMPA, o Departamento Geral de Operações (DGO) é a unidade responsável pelo planejamento, supervisão, coordenação e controle das grandes operações de policiamento executadas pela Instituição, como o Círio de Nazaré, Veraneio, reintegrações de posse, entre outros eventos que impactam o cenário da segurança pública no Estado.
“A gente vem fazendo tanto as operações integradas, com outros órgãos da Segup, como as operações pontuais da Polícia Militar, como a “Fechando o cerco”, que é realizada de acordo com a mancha criminal e é uma operação simultânea em todos os Comandos de Policiamento Regionais. Ou seja, prevenção e ostensividade na capital e nas áreas rurais”, frisou o Coronel Neves, Chefe do DGO.
Além do fortalecimento das unidades do policiamento ordinário, a atuação do Comando de Missões Especiais (CME) tem sido expandida para além da Região Metropolitana, com a estruturação das Unidades existentes e criação de outras. Ocorrências como o roubo à agências bancárias exigem intervenção especializada e rápida. A implementação de Companhias Independentes e Batalhões do CME no interior é uma estratégia efetiva de redução da criminalidade.
“O Comando de Missões Especiais atua hoje de forma a contribuir com a redução da criminalidade, dando suporte de acordo com a evolução dos índices criminais em determinadas áreas. A unidade integra, diariamente, a Operação Polícia Mais Forte e a Operação Madrugada da Paz. Vale ressaltar que o CME está mais estruturado e conta com seis unidades na região metropolitana, três unidades nos polos de Marabá, Santarém e Castanhal, e atualmente contamos com a criação e implementação de quatro Companhias Independentes de Missões Especiais (CIMES) em Redenção, Itaituba, Paragominas e Altamira, expandindo o leque de atuação desse Coint”, explicou o Comandante do CME, Coronel Araújo.
Em 2018 o Estado registrava 4 mil homicídios. Havia defasagem de material estrutural e humano. Os investimentos na Corporação permitiram a aquisição de novos armamentos, coletes balísticos mais adequados, viaturas mais adaptáveis aos terrenos da Região Metropolitana e interior, sempre considerando a geografia e necessidades locais. Além disso, prédios para funcionamento das Unidades policiais foram construídos ou reformados para assegurar mais dignidade aos policiais.
Ainda objetivando valorização profissional, mais de 34 mil ações formativas ocorreram somente no ano de 2022, e no primeiro semestre de 2023 já foram contabilizados cerca de 16 mil policiais capacitados. Apesar da PMPA ter um efetivo atual de aproximadamente 17 mil homens, os números se justificam porque o mesmo militar frequenta mais de um curso de qualificação. Além disso, em 2022 houve a formatura da maior turma de praças da Corporação, com mais de 2 mil novos policiais entregues à sociedade. Ainda nesse segundo semestre de 2023, ocorrerá a prova do concurso em andamento da PM, que prevê mais de 4 mil vagas.
“Nós fechamos agora o mês de outubro como o melhor mês da série histórica desde 2010. E neste ano, reduzimos bastante os índices de violência, comparando com o mesmo período do ano passado. Ou seja, a tendência é que a gente chegue ao final desse ano com uma redução histórica dos crimes violentos letais e intencionais. É importante lembrar que recebemos o Estado, em 2018, com 4 mil homicídios. No ano passado reduzimos para 2,3 mil. É uma redução de quase 50% e agora a gente vai tentar reduzir ainda mais”, garantiu o Comandante-Geral, Coronel Dilson Júnior.