No último sábado (01), a Polícia Militar celebrou o Dia da Policial Militar Feminina do Estado do Pará. Visando a importância de comemorar esta nobre data, a PM realizou na manhã desta segunda-feira (03), no auditório do Quartel do Comando Geral (QCG), uma cerimônia alusiva ao Dia da Policial Militar Feminina. A data também marca a passagem dos 43 anos do ingresso da primeira turma formada apenas por mulheres nos quadros da Corporação.
A solenidade foi presidida pelo Comandante-geral da PM, Coronel Dilson Júnior, e também contou com a presença da deputada estadual Ana Cunha, autora da Lei Ordinária nº 7.576, a qual instituiu o dia 1º de fevereiro como o Dia da Policial Militar Feminina no Pará. Além da parlamentar, o evento contou com a presença das militares femininas do serviço ativo e convocadas, bem como demais autoridades militares.
“Eu quero dizer que vocês nos orgulham como mulheres. Vocês representam a força e a coragem de todas nós. Parabéns! Continuem sendo para nós exemplos de cidadãs que cuidam, que trabalham, que respeitam e que amam a Corporação do Estado do Pará”, ressaltou a deputada estadual.
O Comandante-geral destacou a importância de preencher cada vez mais as fileiras da Corporação com o efetivo feminino, dando espaço a novas policiais que almejam servir e proteger a sociedade. “A gente já tem na nossa legislação uma previsão de no mínimo 20% de mulheres ingressando em cada concurso. No último certame, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, homens e mulheres competiram em pé de igualdade para a composição e o preenchimento das vagas. E isso é uma tendência que todas as polícias militares adotem esse modelo, sem limitação de percentual de vagas destinadas exclusivamente para as mulheres. Então, isso é um avanço, uma conquista muito grande. O nosso efetivo feminino é de suma importância para o andamento do serviço, seja no âmbito operacional ou administrativo, nas funções de liderança e execução”.
A primeira turma de mulheres da Polícia Militar do Pará remonta ao início da década de 80, quando 50 cinquenta alunas soldado, quatro alunas sargentos e três alunas oficiais ingressaram na PM, por meio do Decreto 2.030, de 15 de dezembro de 1981, assinado pelo então Governador do Estado, Alacid da Silva Nunes. Hoje a Corporação conta com um efetivo de 1.946 mulheres, das quais 1.386 estão na ativa e 560 convocadas.
A inserção das mulheres na PMPA enfrentou desafios, como a resistência cultural e a necessidade de adaptação da estrutura militar para acolher as novas integrantes. No entanto, as conquistas ao longo dos anos demonstram a competência e a importância das mulheres na segurança pública.
A cerimônia contou com a presença de várias policiais que fizeram parte das primeiras turmas da PMPA. Uma delas, a subtenente Marília, já na Reserva Remunerada, formou-se na turma de 94, onde evidenciou o grande carinho que tem pela farda que vestiu ao longo dos anos.
“Eu creio que esse momento aqui é para nós mulheres refletirmos sobre o nosso papel como profissionais de segurança pública. Ser uma policial militar é algo que carregamos dentro do coração com respeito ao nosso serviço público, servindo e protegendo a comunidade. E eu me alegro em vê-las todas aqui, e gostaria, ainda, de deixar uma mensagem para nós mulheres, que além de toda essa competência profissional técnica que temos, é algo que só nós mulheres temos, eu gostaria de citar aqui, que é um DNA que vai além da formação, que é a nossa sensibilidade feminina”.