Com o objetivo de cada vez mais alertar e proteger a tropa, a Polícia Militar por meio da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCDH) realizou na manhã desta quinta-feira (12), a primeira edição da Capacitação e Comportamento de Auto Proteção e Direitos Humanos para policiais militares. A instrução ocorreu no auditório do Quartel do Comando-Geral, na Avenida Augusto Montenegro, no bairro Parque-Guajará, em Belém.
Nesse primeiro momento, a capacitação foi oferecida para oficiais e praças da DPCDH, que receberam a palestra ministrada pelo tenente-coronel Josiel Paixão Rocha, sub-diretor da Polícia Comunitária e pelo capitão Carlos Aleksandro, chefe da seção da unidade. A segunda etapa do curso será prática e irá ocorrer na próxima quarta-feira (18), no Centro de Treinamento da Polícia Militar (CTPM).
O coronel Elson Luiz Brito da Silva, Diretor da DPCDH, possui formação em Sociologia e destaca que objetivo do curso é trazer conceitos da área sócio-geográfica visando alertar ao policial militar sobre sua realidade local, principalmente nas situações em que ele esteja de folga.
"Uma vez que a PM adota os Direitos Humanos como normativa, é essencial ter um diálogo com os policiais militares em todos os sentidos. Por exemplo, mesmo que a corporação sinalize com orientações e estratégias para proteger policiais em especial quando estão de folga, muitos ainda não podem sair do bairro onde moram, seja em área de risco ou não. Os motivos disso são de circunstâncias econômicas, sociais e familiares. Dessa forma temos que fazer com que esse policial compreenda e tenha a noção exata de como se defender naquele local’’, comentou o oficial.
Estiveram presentes como convidados na ocasião o tenente-coronel Paulo Sérgio, diretor do Departamento Geral de Educação e Cultura (DGEC), tenente-coronel Michel Antônio Camarão Ruffeil, presidente da comissão de corregedoria do CPR IX e o Coronel Pedro Paulo dos Santos Celso, chefe do Departamento Geral de Operações (DGO).
Sobre o Curso
A PM já possui um curso de Autoproteção, que é oferecido à tropa. O intuito agora é fazer o diálogo dessa capacitação com outras áreas das ciências humanas, para que os policiais militares ampliem e adotem uma conduta de segurança pré-estabelecida que evitem sua vitimização.
‘’O conceito de ‘’pertencimento’’ é um conceito antropológico. Por exemplo, se moramos em um determinado bairro a vida toda, criamos as relações sociais e afetivas nesse local. Com o policial não é diferente. Porém, as situações que antes eram comuns podem vir a apresentar riscos a vida do militar. Há uma mudança histórica e geográfica que deve ser levada em consideração, para que o policial adote uma conduta correta com o intuito de preservar a sua segurança.’’, explicou o chefe da Diretoria de Polícia Comunitária.
‘’A nossa função é garantir a segurança da sociedade, e para que isso ocorra devemos também preservar a nossa’’, finalizou o tenente-coronel Josiel Paixão Rocha, que ministrou a primeira parte da palestra.